Destemidas e sem tabu algum, mulheres afectas à Polícia de Intervenção Rápida (PIR) revelam a outra face das suas vidas, realçando que o serviço que prestam à Nação não atrapalha as suas responsabilidades domésticas nem a própria relação conjugal.
São no total 388 mulheres que envergam a farda da Polícia de Intervenção Rápida em Luanda, algumas delas ocupando cargos de relevo na corporação. A profissão exige bastante dedicação e tempo, e mesmo vistas como operacionais, a maior parte delas afirma que tem sido com o apoio dos maridos que conseguem ultrapassar todas as barreiras. Um dos rostos visíveis dos efectivos da PIR é a superintendente Amélia Gonçalves, que trabalha como mulher polícia há cerca de 30 anos.
Actualmente, é chefe de Repartição do Protocolo e Relações Públicas e Coordenadora da Associação de Apoio à Mulher Polícia (AMPA). Apesar das ocupações que desempenha na corporação, Amélia Gonçalves garante não viver qualquer constrangimento na sua relação com o esposo e os filhos que já “encarnaram” o espírito da sua profissão. “Nunca sofri discriminação por parte do meu esposo e mesmo no início, quando fazia plantão não tive qualquer problema”, revelou.