
"Se Donald Trump for eleito, partindo do que disse até agora, a menos que isso mude, creio que seria perigoso do ponto de vista internacional", disse o responsável numa conferência de imprensa em Genebra.
"Comentários sobre o uso da tortura, proibida pelo Direito Internacional, ou sobre comunidades vulneráveis que podiam ser privadas dos seus direitos. Os comentários de Trump [...] são profundamente inquietantes e alarmantes", disse.
Ra'ad al-Hussein respondia a uma pergunta sobre a campanha norte-americana e sublinhou que não pretende "interferir em nenhuma campanha política de nenhum país", mas admitiu que a situação o preocupa.
"Sempre acreditei que os líderes devem atuar de maneira ética e moral e expressar as opiniões dos seus eleitores de forma responsável", disse.
O contrário, acrescentou, "é extremamente perigoso, porque aí já não se trata de exercer o direito de expressão e opinião, mas entra-se no campo da incitação [ao ódio ou à violência]".