Em declarações hoje, o diretor adjunto do Serviço de Investigação Criminal (SIC), superintendente-chefe Job de Almeida, disse que com os acusados, um deles guarda-florestal, foi encontrada uma arma automática do tipo AKM e dois dentes de elefante, que se supõe adulto.
Segundo Job de Almeida, os indivíduos já praticavam há algum tempo a caça de elefantes, que foi descoberta com base num trabalho de inteligência criminal.
"Eles foram detetados com dois dentes, mas já havia dentes apreendidos, entre quatro a seis, também resultado da organização do grupo", referiu o responsável.
Este ano, informou ainda Job de Almeida, foram já detidos outros indivíduos pelo abate de animais de diversas espécies, fruto de um trabalho conjunto do SIC e Polícia Nacional.
Job de Almeida disse que os indivíduos, em prisão preventiva, foram objeto de instauração de processos-crime, que estão na fase de instrução preparatória.
O responsável avançou ainda que o marfim, segundo os detidos, era comercializado mesmo no Cuando Cubango, mas as autoridades acreditam que seja igualmente levado para outras regiões.
Angola leva a cabo a luta contra a venda ilegal de animais selvagens, problema que afeta nomeadamente o elefante e se faz sentir também com as redes internacionais de tráfico de marfim.
Em junho deste ano, as autoridades alfandegárias francesas anunciaram a detenção em Paris, de um homem proveniente de Angola com 142 quilogramas de marfim e que viajava com destino ao Vietname, operação que mantém aquele país africano na rota internacional deste tráfico.
