Bolseiros angolanos detidos na Roménia após dívidas com propinas


Sem bolsas nem subsídios de alojamento há pelo menos oito meses, e ainda com propinas por pagar, os bolseiros angolanos na Roménia ficaram impedidos de tratar do visto de permanência no país. Na ilegalidade, pelo menos dois acabaram detidos e recambiados para Luanda, relataram os estudantes ouvidos pelo Novo Jornal.

"Na Roménia é toma-lá-dá-cá. Se não pagarmos as propinas, a universidade não passa os documentos necessários para tratarmos do visto de permanência no país", conta Rui, que viveu cinco meses ilegal antes de regressar a Angola, há cerca de dois meses.

Sem documentos para permanecer na Roménia, nem a possibilidade de realizar exames por dívidas à faculdade, para além de um cúmulo de 10 meses de bolsa em atraso, Rui lamenta não ter tido outra opção senão voltar para casa.

A 30 de Março, o jornal OPaís, publicou uma notícia, que dava conta  de uma carta endereçada a Angola, por um grupo de estudantes, que clamava pelo pagamento dos complementos de bolsa em atraso.

Citando o jornal, `na  carta endereçada ao director do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo de Angola, INAGBE, o grupo de estudantes universitários angolanos na República da Roménia clama pelo pagamento imediato dos respectivos complementos de bolsa, sob pena de perderem o ano académico que teve início em Outubro de 2015. Dizem os estudantes que estão matriculados sob o Acordo Cultural do Programa de Estudante Convênio de Graduação (PECG) e sob responsabilidade financeira do INAGBE, com direito a um complemento de bolsa no valor de USD 750,00 (setecentos e cinquenta dólares americanos) pagos bimensalmente, todavia, desde o início do ano académico ainda não receberam pagamento algum´.

Na missiva, também levada à conhecimento, respectivamente do vice-presidente da República, do ministro do Ensino Superior, o Embaixador da República de Angola na Servia e do Sector Consular de Angola na Roménia, os universitários angolanos referem que “a grande preocupação reside no facto de as aulas terem iniciado no passado dia 1 Outubro de 2015, sendo que até agora, as Universidades/ Faculdades ainda não foram pagas e há um ano que não se pagam os alojamentos”. 

O jornal acrescenta lamentações de estudantes: “temos os Cartões de Residência expirados e corremos o risco de ser deportados do país por encontrarmo-nos ilegais desde 1 de Novembro de 2015”, referem na missiva.

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