O apoio financeiro do FMI a Angola poderá chegar a 4,5 mil milhões de dólares (cerca de quatro mil milhões de euros), a três anos, no âmbito do programa de assistência que está a ser negociado, disse hoje o chefe da missão presente em Luanda.
Apoio do FMI a Angola pode atingir 4,5 mil milhões de dólares
O economista brasileiro Ricardo Velloso respondia à Lusa na conferência final da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) que está em Angola desde 1 de Junho, para negociar um programa de assistência.
Embora salientando que o envelope financeiro deste programa, que visa diversificar a economia angolana face à crise petróleo, não foi ainda discutido nestas reuniões com o Governo, recordou que no caso de Angola o envelope financeiro pode chegar a 1.500 milhões de dólares (1.340 milhões de euros) por ano (a três anos), tendo em conta a quota do país no FMI.
Disse ainda que em circunstâncias excecionais é possível aumentar o valor em função da quota, admitindo que não será o caso angolano e que o pagamento do empréstimo a Angola poderá ser até 10 anos. As conversações com o FMI vão prolongar-se durante o segundo semestre do ano.
Tendo em conta a subida da cotação do petróleo no mercado internacional, face aos valores existentes quando o pedido de assistência foi apresentado por Angola, Ricardo Velloso disse ser necessário que o governo de Luanda clarifique se mantém o interesse.