A consultora RBC Capital Markets calcula que a economia angolana precisa do barril de petróleo a USD 93,14 no mercado internacional para superar a crise económica e financeira actual.
Um valor que não será possível atingir nos próximos tempos, nem sequer mesmo aproximar, tendo em conta que a Arábia Saudita (e os seus aliados), continua a mostrar-se contrária a um congelamento da produção para fazer subir o preço.
De acordo com quase todos os analistas consultados pela Bloomberg (26 em 27), a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) deverá manter a actual política na reunião de quinta-feira, dia 2 de Junho, em Viena.
Perante os sinais de que está a funcionar a estratégia saudita de afastar do mercado os produtores com custos de produção muito altos, nomeadamente os produtores de petróleo de xisto dos Estados Unidos e Canadá, é muito provável que a posição actual receba menos críticas agora do que as que teve em Dezembro.
Nessa última reunião da OPEP, Irão e Venezuela foram muito críticos em relação à insistência da Arábia Saudita e dos seus aliados de não controlar a produção para fazer subir os preços.
O barril de petróleo Brent (referência para as exportações angolanas) estava hoje a ser vendido a valores acima de USD 49 (USD 49,20 a três meses na altura da escrita deste texto), representando uma subida de cerca de 80 por cento no valor desde Janeiro.
A proposta de congelar a produção já foi rejeitada no mês passado, durante a reunião de Doha, no Qatar.
