A Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama) negoceia com a De Beers, Alrosa e Rio Tinto - três das maiores companhias do sector - uma redução da produção durante o lançamento do projecto Luache, para manter a estabilidade dos preços no mercado internacional, noticiou a Angop.
O presidente do Conselho de Administração da Endiama anunciou no Angola Business Forum - realizado terça-feira à margem do Indaba Mining - que a companhia projecta uma redução da produção enquanto as operações não arrancam no Luache, um kimberlito de elevado potencial com arranque previsto para o ano de 2018.
Carlos Sumbula realçou preocupações da diamantífera angolana com a queda do volume negócios, apesar da elevação da produção da companhia. “Quando a empresa produzia oito milhões de quilates, a receita estava orçada em 1.200 milhões de dólares, enquanto em 2016, com uma produção de nove milhões de quilates, a receita desceu para um 1.070 milhões de dólares.
O plano da Endiama é negociar para que as três companhias reduzam ligeiramente a produção, para manter a estabilidade dos preços quando Angola começar a elevar o seu “output”, e “trabalhar no sentido de que haja mais receitas, em função da redução da produção”, revelou Carlos Sumbula.
A empresa projecta arrancar com a primeira fase do kimberlito do Luache nos próximos dois anos. Em Janeiro, começou a amostragem do grande volume que vai permitir fazer o estudo de viabilidade económica deste projecto.