A posição está expressa num “comunicado de guerra” da Frente de Libertação do Estado de Cabinda que tem vindo a reclamar a autoria de vários ataques a militares das FAA.
O Comando das Forças Armadas de Cabinda (FAC), dos independentistas da FLEC, anunciou unilateralmente que “proíbe a todas empresas madeireiras” a continuação da exploração da floresta do Maiombe, naquele enclave, por o território continuar “em guerra”.
A posição está expressa num “comunicado de guerra” enviado à Lusa esta terça-feira pelo porta-voz daquela da organização, Jean Claude Nzita, que tem vindo a reclamar a autoria de vários ataques a militares das Forças Armadas Angolanas (FAA) no último ano, reivindicando dezenas de mortos.
Dado o “agravamento da segurança e confrontos” entre as FAC e as FAA, o Comando das Forças Armadas de Cabinda apela aos empresários estrangeiros que operam na indústria da madeira nas regiões de Buco Zau, Miconje, Massabi e Belize, para abandonarem imediatamente o nosso território”, lê-se no comunicado.
A exploração de madeira é uma das principais actividades de Cabinda, simultaneamente responsável pela maior parte do petróleo produzido no país.
A FLEC, através do seu braço armado, recorda que a 1 de Fevereiro de 1885 foi assinado o Tratado de Simulambuco, que tornou aquele enclave num “protetorado português”, o que está na base da luta pela independência do território.
“Cabinda é dos Cabindas. Cabinda está em estado de guerra. É estritamente proibida a circulação de qualquer veículo motorizado na floresta de Maiombe. Qualquer presença de tratores e camiões, no presente e no futuro, ilegalmente autorizada, vai ser severamente sancionada. Todas as viaturas que sejam escoltadas por tropas angolanas são um alvo militar para as nossas forças”, advertem.