Dilma Rousseff acusa oposição de “golpe”, “fraude” e “sabotagem”

A tentativa de destituir o PT do poder já vem de longe. Mas, em declarações há minutos, a ex-presidente promete lutar até ao limite das suas forças. E apelou à paz.

Dilma Rousseff acusa oposição de “golpe”, “fraude” e “sabotagem”
Primeiro foi a tentativa de recontagem dos votos das eleições presidenciais de 2014; depois, a tentativa de anular as próprias eleições; e finalmente “um impeachmet injusto e fraudulento”. Foi assim que a ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff sintetizou aquilo a que chama “golpe” e que era um plano antigo de vingança sobre mais de uma década de políticas sociais do Partido dos Trabalhadores (PT). Numa declaração que não dava direito a perguntas, Rousseff prometeu lutar contra o impeachment, uma vez que, disse, ele não passa de “uma fraude política”, sem sustentação “jurídica”, moral, ou qualquer outra razão que a visada possa vislumbrar.

Rousseff reafirmou-se inocente da prática de qualquer acto inconstitucional ou ilegal – não se esquecendo de referir que outros presidentes altes dela fizeram exactamente a mesma coisa, vista na altura como um acto normal de gestão orçamental. Desta vez não foi assim, e é por isso que Rousseff “lutará com todas as forças” para provar a injustiça do impeachment.

“É a vontade do povo soberano que está em jogo”, disse – para recordar que os que estão por trás do impeachment querem ir contra “a vontade de mais de 54 milhões de brasileiros”. “É sabotagem”, para além de golpe, de injustiça e de dissimulação.

Dilma Rousseff não se coibiu também de tecer apreciações políticas sobre o governo que se encontra em formação – comandado por Michel Tremer, seu vice-presidente durante mais de seis anos. E foi dura: “o próximo governo não tem legitimidade para propor soluções para os problemas da população brasileiro” dado não passar de “um governo eleito indirectamente”.

Rousseff apelou ainda aos seus apoiantes ou àqueles que estão contra o impechment – “sejam de que partido forem” – para se manterem “mobilizados e unidos”. E “em paz”, como não quis deixar de referir – temendo por certo confrontações violentas que, segundo a imprensa brasileira, estão dentro dos cenários que a polícia vem gerindo ao longo do dia de hoje.

Destituída hoje por um prazo máximo de 180 dias, Dilma Rousseff vai ser julgada pelo Senado, que no final do prazo dará um parecer definitivo sobre a matéria.

portal angola

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